Uma noite perfeita seria longe, longe de tudo e de todos. Um chalé rodeado de mato, de silêncio e de estrelas no céu. Uma fogueira lá fora estalando e se apagando, pois transferiu seu calor pra nossos corpos que aqui dentro se mantém aquecidos, um pelo outro, pelas roupas de cama e pelo leve teor de álcool de nosso sangue.
A temperatura lá fora é fria, no seu olhar eu me queimo. Um jantar com pausas despreocupadas para a troca de olhares, um observando o outro, cada detalhe do seu corpo, rosto, sorriso bobo. Um jantar humorado e leve, a luz de velas, muitas velas, pela mesa, balcão e chão. Um cheiro de cinzas e incensos cítricos, a taça de vinho sempre a mão e a outra sempre a te procurar, te abraçar, te puxar e deixar mover seu corpo maravilho e embriagado ao som de uma música instrumental que toca por todo o lugar e te deixa ainda mais solta.
Sem perceber em que lugar da chalé estamos, fazemos amor, ou começamos a fazer amor, ou melhor, não paramos de nos amar, sem lugar pra se preocupar e hora pra acabar. Aquele amor quente e infinito, aquele sexo atrevido e gostoso, aquele momento a sós e só. Cochilar e acordar com cheiro de madeira, incenso e sexo, para mais sexo e mais amor, dormir e levantar pra beber mais um gole e se deitar, emaranhar no seu corpo e beijar, beijar e continuar. Uma noite perfeita, sem tempo, sem lugar, sem o que se preocupar. Apenas você e o novo verbo "te amar".
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